sexta-feira, 2 de março de 2012

Anel, por Eugênio Abreu

  • Só restou o anel
    Anel sem mão
    Anel sem devoção
    Anel de tradição

    A mão sem anel se foi
    Levou o meu polegar do positivismo
    O meu indicador do devaneio
    O meu dedo médio do entorno

    Ficou a lembrança de anular
    O passado passeio, com os mindinhos
    cruzados
    O calor dos outros a respingar
    Numa saudade sem crepúsculo a revelar

    Só restou o anel
    Brilhante sem mão
    Anulado pela lacuna
    De um dedo que se foi na máxima
    contração

    Eugenio de Abreu Junior 29/08/2011 0:53min.

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