sábado, 26 de novembro de 2011

NUVEM - Por Eugênio Abreu


Partículas diminutas de gelo ou água e seus
Cristais cercam meu coração de sentimento.
Transportadas pelo vento ou brisa,
Ascendente ou descendente.
Num devir condensado, com vapor saturado,
arrefecido e com umidade convergente.
No evoluir, sofreu levantamento frontal.
Que se dissipou no isolante térmico,
No ponto de geada e orvalho.
Recheado de moléculas livres, iluminadas
por cristais de gelo.
Dando origem a precipitação de caráter leve e
contínuo, numa nuvem de desenvolvimento horizontal.
Sofreu pancadas levemente localizadas, oriundas
de precipitação forte, na vertical.
Fibrosas, de aspecto frágil, sem
indicativos de originalidade.
Numa solidez de fraqueza negra e trêmula, constituídas
por gotículas mistas, entrelaçadas por devaneios cristalizados.
Sobre mim, camadas cinzentas e azuladas superesfriadas,
encobrindo o sol, filtrando a luz e seus cristais.
Deixou-me sob lençol branco, acinzentado, com
sombras próprias, num céu encarneirado e leitoso, sem véu.
Deslumbrei um lençol fino, contínuo, esbranquiçado,
de contornos bem definidos, vislumbrando o porvir.
Ondulado por nevoeiro uniforme, produzindo chuviscos salientes,
isolados, dispostos e associados a fortes raios, granizo e tornados.
Olhar o chão e não identificar a sombra, sinal que a luz não é
Suficiente para produzir sem o espírito.

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